A insuficiência Cardíaca (IC), que é a evolução final de várias doenças, como Hipertensão Arterial Sistêmica (pressão alta), Doença Aterosclerótica Obstrutiva Coronariana (angina e infarto agudo do miocárdio), Doenças Valvares Cardíacas (estenoses e insuficiências), Taquiarritmias (as arritmias com frequência cardíaca alta), Miocardites (doenças inflamatórias que acometem o músculo cardíaco secundárias a vírus, por exemplo) ou Doenças Infiltrativas (como a Amiloidose ou a Sarcoidose), pode ocorrer com disfunção sistólica (com músculo cardíaco mais fraco) ou diastólica (com músculo ainda forte).
Só a partir de 1987 é que descobrimos a primeira classe de medicações desenvolvida especialmente para esse tratamento com redução na mortalidade, os chamados Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (iECAs). Posteriormente em 1996, vieram os BetaBloqueadores; em 1999, os Inibidores da Aldosterona; só 15 anos após, em 2014, os Inibidores da Niprilisina foram descobertos e em seguida, as drogas desenvolvidas originalmente para o tratamento do Diabetes Mellitus que têm uma ação fantástica também na Cardiologia, os Inibidores do Cotransportador de Sódio e Glicose do Tipo 2 (iSGLT2) em 2015 e os Análogos do Tipo 1 Semelhante ao Glucagon (GLP1), em 2016.
Todas essas classes anteriormente descritas devem hoje ser utilizadas para tratamento de Insuficiência Cardíaca com disfunção sistólica. Mas somente em 2021 tivemos a confirmação da primeira classe de medicações que tem real eficiência na Insuficiência Diastólica, os iSGLT2.
Na década de 80 o diagnóstico de IC com disfunção sistólica grave era quase uma sentença de morte em até dois anos, mas hoje temos um arsenal de tratamentos que, além de melhorar enormemente a qualidade de vida, aumenta em muito a sua quantidade. Mas é preciso utilizar as medicações certas para o seu caso, o quanto antes.
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